Welcome!

Seja bem vindo ao meu blog, primeiramente gostaria de pedir que comente, expresse sua opnião.
Este é meu refúgio, minha caverna, a caverna onde eu não só vejo homens pelas paredes com suas sombras como também os vejo plenamente e converso, onde eu passo apenas alguns minutos dentro, onde brinco de Deus e movo os céus, onde eu me sinto eu.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Ela

Quero te ver
por esse teu lado negro e sombrio
por baixo deste jeito meigo e sorridente

Me deixa entrar
invasão cerebral

Marcar tua pele
com dentes afiados

Me tira os óculos
quero te ver melhor
no ócio noturno do meu quarto

Vem aqui
e me arranha

Vem aqui
e me morde

Vem aqui
e me faz feliz.

sábado, 14 de agosto de 2010

Perdida

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Perca-se em mim.
Seja a lembrança não solicitada
que me segue para a cama
e atire meus travesseiros
no insistente vestígio crepuscular.

Seja a doce aposta
que eu faço com a noite,
a vastidão de estrelas
que me segue até
eu fazer as pazes com escuro.

Seja a primeira desordem de sonhos
que rouba em minha mente
e desemaranhe-me do edredom
enquanto o dia rouba de meus membros.

E quando a manhã chegar, prometa
ser o primeiro toque da aurora
a roçar minha pele.

- Luzia Bojart



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Leve

Eu levo minha vida com medo borbulhando na garganta.

Eu estou protegendo meu coração com laços de ferro e dentes afiados porque a simples perspectiva de me queimar é o bastante para me deixar amedrontada. Eu estou tremendo como folhas do outono, minha coluna quebrando como um livro comido pelo tempo, erodindo mil palavras por minutos numa pilha de sujeira que se dissipa pelo vento. Eu estou colocando meus dedos na água e andando cuidadosamente ao redor da margem, mantendo minhas costas na parede e correndo feito o demônio assim que alcançar a saída.

Porque eu sou o Pavlov's Dog e quando aquele sino soa, eu já estou procurando abrigo. Porque seus olhos parecem com um terremoto e eu só conheço uma maneira de evitar cair na sua fissura. Eu não vou me machucar se não jogar, eu não vou ficar chamuscada se não chegar perto do fogo. Eu estou provando o arsênio com a ponta da minha língua mas eu não sou corajosa o bastante para virar a garrafa inteira. Porque eu já estive nessa estrada antes e deixei pegadas ensanguentadas no meu cambaleante caminho para casa. Eu já estive neste ponto e aprendi que algumas apostas te deixam sem nada atém de uma ferida aberta e um buraco queimado no peito.

A vida me ensinou que alguns pulos só resultam em ossos partidos.

Mas alguma coisa no jeito que você sorri me faz pensar que um ou dois ossos quebrados podem valer a pena. Alguma coisa nos seus olhos me fazer lembrar do oceano após uma tempestade. Alguma coisa no jeito que você fala comigo promete calmaria daqui pra frente.

E você pode me convencer a arriscar, me desafiar a saltar, morder meu lábio e mergulhar além do inexplorado. você pode me persuadir a eu me soltar do mastro e segurar sua mão. Mas eu não acho que você vá me deixar cair sozinha. Não, eu acho que você irá me proteger quando nós nos chocarmos. Então engula minha confiança e mantenha-a junto de você, me segure gentilmente porque eu me colei de volta recentemente e ainda estou desmanchando nos cantos.

Murmure alguma coisa doce no meu ouvido antes de nós pularmos.
Prometa que vai ter gosto de paraíso quando nós subirmos em chamas.
[me veja fechando os olhos e me libertando, abrindo os olhos e alcançando você]